A programação do Cineteatro Guarany, em Triunfo, está repleta de bons filmes neste fim de semana: O Silêncio da Noite é Que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras (2016)O Serviço de Entregas de Kiki (1990), O Sonho de Wadjda (2012)Kiriku (1998) e O Porto (2012).

O primeiro deles, O Silêncio da Noite é Que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras (2016), conta com direção de Petrônio Lacerda e foi rodado nas cidades de São José do Egito (PE), Ouro Velho e Prata (PA). O documentário tem como personagem a própria poesia, presente no cotidiano da população que vive na fronteira entre os dois Estados. Nas festas, nas casas, nas ruas, nos mercados, em barbearia e bares a verve poética aparece na voz dos descendentes de célebres vates do sertão e dos habitantes que convivem com essa tradição, relembrando histórias de cantorias, grandes respostas poéticas e dissertando sobre o sentimento e os temas da poesia na região.


Outro destaque da programação é O Sonho de Wadjda (2012). Primeiro filme filmado inteiramente dentro da Arábia Saudita, dirigido por uma mulher, Haifaa al Mansour, o longa conta a história de uma menina de 10 anos, desajustada e determinada em sua busca por uma bicicleta verde. Filmado nos subúrbios de Riad, onde a mobilidade feminina é limitada e andar de bicicleta é considerado uma ameaça à virtude das meninas, Wadjda deseja comprar uma bicicleta ganhando uma competição para recitar o Corão na escola que dará um prêmio em dinheiro.
O Cineteatro Guarany também exibirá O Porto (2012). Dirigido pelo finlandês Aki Kaurismäki, o filme aborda de maneira quase fantasiosa a questão da imigração ilegal na Europa. Já para criançada, há duas opções: O Serviço de Entregas de Kiki (1990), que conta a história de uma bruxinha que saiu de casa para sobreviver na cidade; e Kiriku (1998), que relata a lenda do bebê guerreiro que salvou sua aldeia da feiticeira Karabá.
Confira abaixo os trailers, mais informações sobre as sessões e programe-se! O ingresso custa R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia-entrada). Às quintas-feiras, os filmes, em parceria com o Sesc, são exibidos gratuitamente. Curta a página do Cineteatro Guarany no Facebook  e acompanhe todas as novidades.
O Cineteatro Guarany integra o Cine de Rua, programa que visa revitalizar e reativar os cinemas de rua no Estado, em especial, nas cidades do interior. A iniciativa é desenvolvida pelo Sistema Secult & Fundarpe, em parceria com o movimento Cine Rua, a Prefeitura Municipal de Triunfo, o Sesc Triunfo – PE e o Consulado Geral da França no Recife/Institut Français Brasil.
INDICAÇÃO:
O SILÊNCIO DA NOITE É QUE TEM SIDO TESTEMUNHA DAS MINHAS AMARGURAS
(Brasil, 2016, 79min.)
Gênero: Documentário | Direção: Petrônio Lorena
Classificação Etária: 16 anos
Sinopse: A poesia da vida cotidiana das pessoas que vivem nas cidades de São José do Egito e Ouro Velho e Prata, que fazem fronteira com Pernambuco e Paraíba, respectivamente. Um povo cercado por histórias poéticas e de cantoria. Uma memória aos vates do sertão que enche o local com música e poesia.
Dias e horários: sábado (12), às 20h | domingo (13), às 18h30.

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VARAL DE POESIA

Desertos medonhos.
Caminhos distantes.
O bulício do antes.
Queimando na alma.
Estradas penosas.
Léguas cansativas.
E as mágoas vivas.
Tirando-me a calma.

Os pés já cansados .
Pela caminhada.
Em busca do nada.
Só sinto o vazio.
De nada valeu.
Meu nobre caminho.
Me sinto sozinho.
Nas noites de frio.

O tempo mesquinho.
Me fez covardia.
Me trouxe agonia.
Enquanto eu brincava.
Roubou minha face.
Tirando o vigor.
Matando uma flor.
Que desabrochava.

Findei como barco.
Que vaga sozinho.
Em redemoinho.
Longe da partida.
Em ondas bravias.
Me vejo já morto.
Sem cais e sem porto.
Nos mares da vida.

Foram tantos sonhos .
E tanta esperança.
Um brincar de criança.
Que tem liberdade.
E o tempo covarde.
Tirou meu viver.
Levou meu prazer.
Me trouxe saudade.

Pedidos de paz.
Que foram em vão.
E o meu coração.
Vagando a esmo.
Guerra sem fim.
E tantas porfias.
Que nas agonias.
Só tenho eu mesmo.

Me calo por fim.
Pelas amarguras.
E pelas torturas.
Do meu desprazer.
A ti meu deus.
Eu tenho amizade.
Mas tua vontade .
Não posso entender.

Neném de Santa.
São José do Egito-PE

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PALAVRA DO ARTICULADOR

Eis que surge um sopro de esperança além do horizonte. A face da juventude se enche de alegria e vigor. O que era apenas utopia, agora começa a dar seus primeiros sinais de um sonho possível. As possibilidades surgem. O verde renasce no chão ressequido e, de repente, a esperança pinta o quadro do tempo.
O Movimento “Por Mais Cultura” se torna um dos diversos sinais da esperança. É como o vento que impulsiona o moinho a jorrar água para tantas pessoas. É um grupo da diversidade: diversos sons, diversas cores, diversas vozes que se somam numa só voz. Um grande quadro onde todos colocam suas digitais como forma de protocolar os seus clamores e assinar um grito entalado na garganta da juventude brasileira. É um grupo que grita e incomoda quando se sente incomodado. É um grupo que diz “não” diante da demanda do “sim” no mundo moderno. É um grupo de jovens protagonistas do seu próprio tempo.
Um mito nos diz que não se deve falar de política, religião e futebol. Mas porque não? Por que não declarar sua opinião diante das injustiças políticas? Por que não desconstruir tradições, dogmas e imposições? Por que temos que torcer quando não há razão para quê? A juventude deve ser o grande diferencial na mudança social de um país. A força motora pensante e praticante. Os caras pintadas de antes são caras novas hoje, mas que gritam contra a mesma máquina injusta.

Surge um novo sopro... é a JUVENTUDE despertando!

Felipe Júnior
movimentopmc@gmail.com

TV POR MAIS CULTURA

PRA PENSAR...

"Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar."

Cássia Eller

POSTAGENS

NAS VEIAS DA POESIA

Rei é rei, nunca perde a majestade,
Ele tem do Nordeste a sua marca,
A sanfona fez dele esse monarca
Apesar de ser simples de verdade,
O aboio estridente na cidade
Como um grande trovão se ecoava,
Em seu peito insuflado, transbordava
Uma enchente de paz, luz e amor...
Em um leito, sentindo muita dor
Ao invés de gemer, ele aboiava.

Gênio é gênio, até mesmo no sofrer,
Entre os gênios, um gênio que não vejo,
Que mostrou-se um simples sertanejo,
Até mesmo bem perto de morrer
O que os médicos podiam, ali fazer
Se nem mesmo a morfina adiantava?
Mas somente um aboio aliviava
O sofrer do doente tocador...
Em um leito, sentindo muita dor
Ao invés de gemer, ele aboiava.

Foi dos astros daqui, o maior astro
Mas da dor dos mortais não foi isento,
Pernambuco ficou sem seu rebento
E a bandeira soltou-se do seu mastro.
Gonzagão, ao partir, deixou um lastro
Tão divino que o Sol se ofuscava,
Quando a morte o levou no céu brotava,
Em um vaso de luz, mais uma flor...
Em um leito, sentindo muita dor
Ao invés de gemer, ele aboiava.

Bandeira Junior