O Programa Ibercultura Viva segue com inscrições abertas para dois editais voltados à divulgação de experiências culturais de base comunitária. Os editais – que têm inscrições abertas até 1º de dezembro.
Desertos medonhos. Caminhos distantes. O bulício do antes. Queimando na alma. Estradas penosas. Léguas cansativas. E as mágoas vivas. Tirando-me a calma.
Os pés já cansados . Pela caminhada. Em busca do nada. Só sinto o vazio. De nada valeu. Meu nobre caminho. Me sinto sozinho. Nas noites de frio.
O tempo mesquinho. Me fez covardia. Me trouxe agonia. Enquanto eu brincava. Roubou minha face. Tirando o vigor. Matando uma flor. Que desabrochava.
Findei como barco. Que vaga sozinho. Em redemoinho. Longe da partida. Em ondas bravias. Me vejo já morto. Sem cais e sem porto. Nos mares da vida.
Foram tantos sonhos . E tanta esperança. Um brincar de criança. Que tem liberdade. E o tempo covarde. Tirou meu viver. Levou meu prazer. Me trouxe saudade.
Pedidos de paz. Que foram em vão. E o meu coração. Vagando a esmo. Guerra sem fim. E tantas porfias. Que nas agonias. Só tenho eu mesmo.
Me calo por fim. Pelas amarguras. E pelas torturas. Do meu desprazer. A ti meu deus. Eu tenho amizade. Mas tua vontade . Não posso entender. Neném de Santa. São José do Egito-PE
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PALAVRA DO ARTICULADOR
Eis que surge um sopro de esperança além do horizonte. A face da juventude se enche de alegria e vigor. O que era apenas utopia, agora começa a dar seus primeiros sinais de um sonho possível. As possibilidades surgem. O verde renasce no chão ressequido e, de repente, a esperança pinta o quadro do tempo. O Movimento “Por Mais Cultura” se torna um dos diversos sinais da esperança. É como o vento que impulsiona o moinho a jorrar água para tantas pessoas. É um grupo da diversidade: diversos sons, diversas cores, diversas vozes que se somam numa só voz. Um grande quadro onde todos colocam suas digitais como forma de protocolar os seus clamores e assinar um grito entalado na garganta da juventude brasileira. É um grupo que grita e incomoda quando se sente incomodado. É um grupo que diz “não” diante da demanda do “sim” no mundo moderno. É um grupo de jovens protagonistas do seu próprio tempo. Um mito nos diz que não se deve falar de política, religião e futebol. Mas porque não? Por que não declarar sua opinião diante das injustiças políticas? Por que não desconstruir tradições, dogmas e imposições? Por que temos que torcer quando não há razão para quê? A juventude deve ser o grande diferencial na mudança social de um país. A força motora pensante e praticante. Os caras pintadas de antes são caras novas hoje, mas que gritam contra a mesma máquina injusta.
Surge um novo sopro... é a JUVENTUDE despertando!
Felipe Júnior movimentopmc@gmail.com
TV POR MAIS CULTURA
PRA PENSAR...
"Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar."
Articulador do Movimento PMC, Felipe Júnior, promove aula-espetáculo, juntamente com Clécio Rimas e Talis Ribeiro, no I Encontro de Educa...
NAS VEIAS DA POESIA
Rei é rei, nunca perde a majestade, Ele tem do Nordeste a sua marca, A sanfona fez dele esse monarca Apesar de ser simples de verdade, O aboio estridente na cidade Como um grande trovão se ecoava, Em seu peito insuflado, transbordava Uma enchente de paz, luz e amor... Em um leito, sentindo muita dor Ao invés de gemer, ele aboiava.
Gênio é gênio, até mesmo no sofrer, Entre os gênios, um gênio que não vejo, Que mostrou-se um simples sertanejo, Até mesmo bem perto de morrer O que os médicos podiam, ali fazer Se nem mesmo a morfina adiantava? Mas somente um aboio aliviava O sofrer do doente tocador... Em um leito, sentindo muita dor Ao invés de gemer, ele aboiava.
Foi dos astros daqui, o maior astro Mas da dor dos mortais não foi isento, Pernambuco ficou sem seu rebento E a bandeira soltou-se do seu mastro. Gonzagão, ao partir, deixou um lastro Tão divino que o Sol se ofuscava, Quando a morte o levou no céu brotava, Em um vaso de luz, mais uma flor... Em um leito, sentindo muita dor Ao invés de gemer, ele aboiava.
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