O amigo Giuseppe Mascena, POETA e Técnico Judiciário do TJPE, ganhou em 1º lugar o concurso de poesia promovido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. Segue abaixo o texto acompanhado dos parabéns ao poeta Giuseppe.
NOSSAS SOMBRAS
Quem não quer uma sombra toda hora?
Uma sombra que dê somente sombra.
Não daquela que sempre nos assombra,
Quando estamos sozinhos no agora.
Sei que, às vezes, a sombra me persegue;
Também sei que ninguém nunca consegue
Correr dela . Fugir de seu roteiro
Até mesmo o relógio e seu ponteiro,
Tanto faz ser o lento ou o ligeiro,
Tem um rastro vigia que o segue.
Uma sombra que dê somente sombra.
Não daquela que sempre nos assombra,
Quando estamos sozinhos no agora.
Sei que, às vezes, a sombra me persegue;
Também sei que ninguém nunca consegue
Correr dela . Fugir de seu roteiro
Até mesmo o relógio e seu ponteiro,
Tanto faz ser o lento ou o ligeiro,
Tem um rastro vigia que o segue.
Não importa parado ou se veloz,
Ela está sempre atenta ao nosso lado.
Quem correu e voltou sentiu, cansado,
Como a sombra transforma o "eu" em "nós".
Vejo a sombra que dá o cajueiro:
Suas falhas marcadas no terreiro
São as folhas felizes que balançam.
Sem cantor ou maestro as mesmas dançam
Quando o vento as atinge, elas se lançam,
Viram sombras sem vida e sem ter cheiro.
Ela está sempre atenta ao nosso lado.
Quem correu e voltou sentiu, cansado,
Como a sombra transforma o "eu" em "nós".
Vejo a sombra que dá o cajueiro:
Suas falhas marcadas no terreiro
São as folhas felizes que balançam.
Sem cantor ou maestro as mesmas dançam
Quando o vento as atinge, elas se lançam,
Viram sombras sem vida e sem ter cheiro.
Tem a sombra do amor mal resolvido,
Tem a sombra da perda de uma chance,
Tem a sombra do ex ente querido
E aquela que está fora de alcance.
Tem a sombra da falta de coragem,
O instinto da carne mais selvagem
Que se apaga por ser bem controlado.
São as sombras fatais, pois são um nó...
Nós vivemos, morremos, e ao ser pó,
Esse nó se desfaz ao ser cortado.
Tem a sombra da perda de uma chance,
Tem a sombra do ex ente querido
E aquela que está fora de alcance.
Tem a sombra da falta de coragem,
O instinto da carne mais selvagem
Que se apaga por ser bem controlado.
São as sombras fatais, pois são um nó...
Nós vivemos, morremos, e ao ser pó,
Esse nó se desfaz ao ser cortado.
Toda sombra é mulher desconfiada:
Está sempre por perto observando...
No momento que eu olho, ela se vira,
Não consigo flagrá-la me espiando
Quando viro denovo, ela aparece.
Pra quem fica parado, a sombra cresce;
Pra quem voa demais, a sombra some
Velhos, somos a sombra do que fomos;
Muda o porte, ela muda, pois nós somos
Meras sombras, com sorte por ter nome.
Giuseppe Mascena
Está sempre por perto observando...
No momento que eu olho, ela se vira,
Não consigo flagrá-la me espiando
Quando viro denovo, ela aparece.
Pra quem fica parado, a sombra cresce;
Pra quem voa demais, a sombra some
Velhos, somos a sombra do que fomos;
Muda o porte, ela muda, pois nós somos
Meras sombras, com sorte por ter nome.
Giuseppe Mascena
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